quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Exílio parte 15

Queria sumir por um tempo necessário. Não para sentirem minha falta e para os esquecidos lembrarem-se. Somente por que estou em conflito e delírio.
Minha inspiração não mudou, embora nos últimos tempos tenha provado diversas sensações, algumas até tentando ludibriar-me para acreditar que existe algum resquício de paixão em mim - e mesmo que deixasse-me enganar, a dor das velhas quedas despertariam-me da ilusória crença. Eis que, não há como sumir tendo uma senhora rotina esperando-te na manhã seguinte. Nenhum dos meus afazeres - além do ballet - conectam-se comigo. Não é novidade que tudo recai sobre o fictício mundo em que vivo, e sendo assim, em anonimato seria melhor permanecer, mas nem mesmo padecer de suas dores internas é permitido.
De alguma maneira puxam-te para a "vida" e estou exausta dessa gangorra obsessiva  Pois bem, o que é "seguir em frente?" Não parece-me nada muito além de trilhar e manter uma sucessão de coisas com o propósito de alimentar-se e proteger-se da chuva. Obrigações para sobrevivência, pessoas robotizadas.
Meus desejos são tão pequenos... cabem nas patinhas de Syd!

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