terça-feira, 28 de julho de 2015

"Sofro de
Antegozo àquela dádiva
sem nunca chegar à nudez.

Pois quero atestar que este que escorre por minhas vértebras,
dance com tua alma como uma rolha em cima da maré
E uma por uma, afogue cada chibatada em que tu estivestes.

Teu corpo é uma cidade em chamas!
E acordei ao lado de cadáveres
cada vez que tu me deixaste entrar.

                     O amor é a sombra da tua sombra
                     Com a que viaja de copo vazio:
                     É o mar que tu escutas em mim."


Gabriela Carlotto


" A poeira ofuscante, sobre a luz do sol cobre os grãos maduros
Cria longas sombras, na grama ainda dormindo
Ficam deitados contraídos
Calmamente explorando os olhos um do outro."

Gabriela Carlotto