segunda-feira, 24 de março de 2014

Aguardara, decifrando olhares efusivos, até retirar os sapatos e as ataduras permanecerem.
Ofegara, a cada susto miserável de esperança má, sabendo que minhas costas são tomadas por uma timidez volumosa, esgueirando-se.
De todas as direções possíveis ao corpo, a de queixo erguido e olhar - quase panorâmico - apontado para o teto, é onde lembrara como é sentir o peso humano e a densidade de um respiro rente à mim.
Estivera no purgatório da estação de trem mais próxima. Reconhecera-o pois jorra no esgoto resíduos azulados pelos bairros à fora. Fora inserida como o elemento singelamente clandestino no incêndio alheio - que pingava doenças das aberturas que o corpo puramente possui.
Passara por cerca de três horas de discussão.
As crianças também souberam, pela boca das mães, a realidade que as mesmas esbravejaram.
Vociferara então à harmonia dos maridos e a implosão dos gritos - a explosão dilacera por dentro e das cinzas é preciso fazer amor!
As flores isoladas nos canteiros da sacada levantaram-se e disseram ao ranger das escadas: vermelho.
Na sala de azulejos pestanejantes, houvera um o dócil e galgo sertanejo para quem não há como negar carinho. Estivera próximo a linha vermelha do salão de cima, tentando flutuar com a barba remelenta, chamando-me. Estímulos burlam ambientes e, ouvira do escritório os pisoteamentos, já com o mesmo muco verde na íris sanguinolenta.
Em certos momentos, os beiços em parábola para baixo constroem a dúvida - como quando um beijo demora a acontecer.
Ele encerrara o espetáculo: a pálpebra rosada debruçada sobre o olho direito e as luzes despencaram como confetes, para doerem feito açoite.