quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Exílio parte 14

Um dia quente de feriado que confundi com domingo no mínimo três vezes. Hoje resolvi ficar em casa, relaxar. Gostaria de lembrar dessa palavra sem que outra viesse á cabeça : pensar. Mas existe como, mesmo que por um dia, deixar tudo em branco? ou ao menos em cinza?
Então a pessoa resolve se ocupar o máximo possível e se sobrecarregar propositalmente. Ao ponto de vista prático, no momento não tenho com o que me preocupar a ponto de ter um colapso nervoso, mas o arrumo. Somo filas de pensamentos, multiplico problemas para agravá-los, e nessa matemática a única coisa que esqueço de fazer é dividir as angústias. Cortar o mal pela raíz.
Gosto do embrião dos conflitos. Crio por eles um afeto obscuro, como um prazer masoquista. E no final... não passo de uma romântica ingênua. Escrevo o que sinto para entender-me, comparar-me, encontrar-me. Sinto o que escrevo pois minha vida é fantasiosa, meu eu e as histórias são um só ser perdido.
Por que todos esses questionamentos? Simples : não deve-se inventar feriados em quartas-feiras. Um dia de preguiça, inútil, já que só dão-se à esse deleite os que descansam bem. Os atordoados, como ficam?
3/01/01

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