quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Flagrante

Despertei ansiando que a noite chegue com um sorriso inevitável no rosto.
Quando caio em si, lá está ele, abrindo os lábios de leve e fazendo o olhar perder-se em algum ponto fixo, que muda conforme os dentes vão se mostrando - viaja para o teto em um suspiro. E aí pego-me em flagrante.
A primeira reação é a de boicote, prisão. Mando o sorriso ser encarcerado lá no fundo. Frustro-me quando percebo que ele consegue subir pelas paredes do buraco profundo com uma facilidade incrível. Será possível que todos aqueles poços não foram suficientes para barrá-lo? Eis a mudança... Ele possui algum tipo de armamento para qual não precavi-me, e agora estou vulnerável ao inimigo prazeroso e bandido: a paixão.
22/01/011

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