domingo, 17 de março de 2013

Luping emocional

Em brados controlados, o garoto esbraveja palavras de confusão funda em medíocre português. Mentes tudo de mente vazia, grafando incongruências tão quebráveis quanto meus pés de bloco de gelo - visto calçados de iglu, para sossegar a ardência que escorre por minhas pernas.
Sufocada por uma sacola plástica - gratuita em mercadinhos cotidianos e nunca considerados - teu quarto é de prateleiras de suposições e ofertas ilusórias de preço baixo: são impostos camuflados!
A madrugada é confeitada com um orvalho tão frio! Luto para não senti-lo resfriar os cabelos. Hora réptil, hora aracnídeo, hora lebre - saltito pelos reinos naturais, buscando adjetivos e um consequente quarto de hora de plenitude.
Quero calmaria mas sou escrava do desejar-te visceral, da linha do tempo onde sou designada a ser farol. Estendo a mão transcendental à ti - empoeirada de granulos de diamante. 
Luping!
Aguardamos o arqueiro noturno invadir nosso lar indisposto e pachorra, estalar nossos ouvidos e fechar a mão de concha em meio seio esquerdo, como taça de vinho (...)

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