quarta-feira, 10 de agosto de 2011

"Ó passos de bailarina, sê rítmicos e pouco espaçados!" Penso, cedendo assim lugar, na névoa úmida que deslizo, aos pés que estão ao lado.
Corpos então cadenciados, jorrando doses de torpor -
congestionando cada pequeno póro e liberando cada suspiro da alma.
Noites como essas são feitas de pigmentos macios e pretenciosos...
Impertinência recheada de estranho deleite!
Olhar tenuíssimo!
Outrora almejado porém colérico em demasia para repousar como ponto fixo.
Hoje suubstitu-o as lentes internas:
torno-me verde-azulada e púrpura, de pupilas grossas na pouca luz.
Peço um capricho, que no momento só o vento detém e finge cortar-me despercebido,
semelhante a todas as forças da natureza que não concedem-me sequer uma pitada de domínio.
O uivo frio então apossa-se, braços o conflitam...
em batalha pela dormência do peito, que temendo por sua alvidez
Palpita e traga anestesia.
Céu que despenca, diluindo as graças lascivas de mulher
Permanecendo em fundo delicado,
somente as mãos que tomam meu pé."

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