quarta-feira, 12 de maio de 2010

Exílio parte 6

A memória é só o que resta - e a lembrança o estopim da saudade, que desce sua lâmina fina sobre meu corpo.
Ao acordar pela manhã é como se o arquivo de alegria da noite passada tivesse sido queimado: respiro-o em todos os despertares como se pela primeira vez. Vejo-o quase que algumas vezes - sempre de costas para mim - perdido nas madrugadas frias e chuvosas. Por tantas vezes desejei correr e abraçá-lo! Tão desamparado, ao relento da noite. Mas, tive de seguir caminho, desbravando a neblina (quem agora madrugada à dentro perdia-se era eu) e não pude voltar : meu coração insistia, debatia-se no peito, gritava! Queria dar meia volta (...)

8/05/2010

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