domingo, 4 de março de 2012

Estrada até o sono

Fomo-nos, amantes.
Minha expressão era de insanidade, porém o doce sorriso feminino sempre se faz presente quando necessário, ou mesmo não. Logo vimos a porta do prédio - chegamos, onde para mim o tempo não passa... Mas minha consciência sabe quenão posso confiar na noção distorcida de sua passagem que meu corpo tem.
Como de costume, enrolo-me em meu amaranhado de pensamentos, e gostaria de escrever tudo o que dissera a pouco! Minha cabeça pesa toneladas e a única sensação boa é a dormência ainda presente de certas partes do corpo. A loucura poderia ser do tipo que desconecta até mesmo com as ilusórias suposições alucinadas...
Abraço-te - o ar custa a entrar, os pulmões fecham-se, o coração quer saltar pela boca a cada tentativa de sugar oxigênio. A fraca tontura chega entrépida aos ouvidos, sentes pavor. Medo da morte. Da agonia. Rosto rígido. Já é passada a hora, pediste ajuda à mim? Ou na verdade queres desfalecer sobre a cama, enrolado nos lençóis, cabeça flutuante no travesseiro? O sangue miúdo deita e rola no músculo pesado do tórax onde carinhosamente massageio.
Sou tua rainha, escrava. Se me pedires água, a trarei.

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