segunda-feira, 11 de abril de 2011

Rosto desfigurado,
Diga-me para onde vais e por que teus olhos ardem;
por que há manchas de sangue pelo chão.
Estás à vagar; nem sequer lembram teu nome.
Logo está só, em declínio acentuado e sem freio.
A água corre pelas ruas onde anda descalço (vozes sussuram no encalço do ouvido),
Deixando teus pés cobertos de lama,
as veias azuis sujas de gotas apressadas cor de marrom.
Todos marcham no compasso do teu peito,
afogando os gritos nas valas inundadas,
Dizendo-te para ficar!
Que de mãos dadas flutuarão pelas calçadas molhadas
tal como velas sombrias- em seu passo lento- à iluminar a noite escura:
"Juntos entraremos pelas janelas à resgatar o brilho perdido".
A ansiedade rasga a pobre humana (o amor prende-te a uma linha tênue e imunda),
onde o sol é somente estrela de brilho efêmero.

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