quarta-feira, 17 de março de 2010

Poema da bailarina

Danço,com a beleza clássica de bailarina
As valsas que nos embalaram.
Hoje, solitária, não há alegria nos pés sapatilhados:
Só entusiasmo lúgebre ao compasso da música.


Danço, para espantar os fantasmas

E afugentar o frio das tardes de junho.
As folhas do outono já despencaram,
E o campo de folhas mortas agora é meu palco.


Danço, como as papoulas de Morpheu,

Fazendo a cidade adormecer com sonífero:
Um sonífero doce, feito de violinos.


Danço, pois a música entorpece-me.

Não há mais sono; é meu único consolo:
Dançar, e não secar jamais.


13/03/2010

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