sábado, 26 de maio de 2012

Exílio parte 33

Despejas fel em tuas palavras, sabendo que a distância é por si azeda. Se precisas da minha confiança, preciso superar traumas e o mínimo é que grites a quem quer que esteja por perto teu amor.
Invento uma maneira de ligar. Ainda preocupo-me em saber notícias. Mas nenhum ambiente é propício para  atender-me. Antes de prosseguir, preciso constatar que aqui a única a querer estar entrelaçada sou Eu - não há mais divagações a serem feitas.
E a noite fora longa.. Angústia implacável! Dardos cravados ao longo do corpo que, doloridos, deixaram-me a agonizar. Rolo os olhos pelo quarto agora  e ainda não sinto-te.... Pedira em silêncio que não acabasses com nosso amor nesse lapso de tempo: que não destruísses tua única verdade. Atravessara em claro a noite em que  a fera adormecida tivera espaço para despertar. Tanto prazer, gozos de vida vazia. 
Que sou? Minha alegria e completude é incessantemente ESCALDADA.


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