Minha tragédia cotidiana é sentir meu peito estreito, esmagado pelas mãos do falecido amante. Esfarelo-me um bocado pela manhã, após uma noite pensando com as pupilas grossas, as pálpebras quase cerradas.
O tempo da nossa vida custa a ruir: há algo dentro de mim que permite que me sugues. Que diverte-se com a prisão. Que goza a cada aflição. A mente engana o coração, o coração engana a mente, e o ego entre os dois opostos é um abismo fantasmagórico - feito de alegorias e confeitos de fisionomia doce.
Nenhuma alteração de consciência me agrada, por ansiar demais uma plenitude. Tropeço no meu inconformismo! Aperto o caderno com força, sem perceber. Silencio-me pela confusão que toma meu ser...
Saber notícias é um suicídio lento ao qual sou vulnerável. Será assim para ti também?
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