Outrora
diagnosticada bipolar confusamente amante, hoje com insetos no estômago e
arrepios de vontade de um único homem, Nelica bateu em minha porta desejando
ter a ficha arquivada. Na tarde abafada apressou os passos para fugir
da tempestade - para não resvalar nas pequenas flores roxas de ipê traiçoeiras
da rua. Chegara e eu estava de pensamentos antecipadamente alagados - compulsão
que tenho por devaneios encharcados!
"Foi o moço que deixou o
microfone cair do terceiro andar" dissera-me. "Que vento o
trouxe até minha sacada, de vizinha do térreo?"
Perguntara querendo a obvia resposta para agradar seu coração. " Brisa de
calmaria." Respondi, entre um suspiro profundo.
E de repente, ficou quente de mais no consultório e a inspiração fugira com o suor do corpo... Que chova mais! Para que eu possa finalizar as frases escritas, ajudá-la a domar o coração jovem inoportuno - que se sobrepõe as estatísticas e renova-se a cada semana.
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