O tempo imprimindo na flor sua pisada.
Hora da independência forçada e não mais forjada quando conveniente! Como ser humano hipócrita agarro-me ao conforto, aos problemas cíclicos cotidianos, a dependência formal. Dezoito anos e talvez queira começar tudo novamente, deixando anotações de como deveria ser moldada.
Condição inexorável... Toda a vida se esvai voando! Vivo de apelos da alma em oposição ao corpo, tendo meu drama potencializado com a passagem do tempo. A tal vida nunca fora plena: apenas sobrevivi. De metáforas, de antíteses, de cárcere labirintítico. Caro leitor imaginário, nunca soube a que ponto ir... É tão fácil compreender o poeta objetivo! Uso de rendas, ornamentos demasiados, denominações fictícias de seres que nem sequer sei o nome!
Dualismos, tal como o homem barroco - alma x espírito, claro x escuro: coexisto sobre os extremos. Encruzilhada! Divago sobre as coisas antagônicas, não há espaço para a realidade opressora! Imagine tal sofrimento... Enfrentei e passo a vida sem maiores esforços para pregar idéias de modo a serem entendidas. Transbordo imagens, temáticas e piruetas cultistas -enternecimento de bailarina.
O lume está em algum lugar... Aos dezoito, finalmente concluo: fujo em custódia do meu coração. Se a claridade é tão bela, por que tem fim toda a noite? No escuro, os botões de rosa pisados são...
Já fui dissecada, que há?
Ranhuras de violino!
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