No interior de um cubo de vidro era possível ver a vida passar sem som, sem cheiro.
A única coisa que parecia estar em sua companhia, era um sentinela que todo o tempo certificava-se de que a caixa estava bem vedada.
Ele a alisava sobre as granadas de descanso em seus lábios. Suspirava quando ela percebia seus olhos atormentados, as mãos escorregadias sobre o joelho direito armadas.
Eram amantes... através da janela.
A chave era parte de seu corpo.
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