quarta-feira, 1 de maio de 2013

A leveza do ar

Lágrimas são a amputação da mesmice, lavando a lona com chuva na floresta virgem.
Integrara-me saltando de ponta para a luz, medindo forças com a treva.
Dentes-de-leão proliferam-se desenfreadamente no campo, querendo ser confundidas com alvo algodão.
Embrenhada na mata, tomara em mãos a flor selvagem, que suplicara ao pé do meu ouvido  para ser soprado -  pois cansara de ser cetro exibido.
Sopro mansinho, carícia de libertação!
Escorra, coração desvairado 
Contornando o que sentes por entre as pedras - trincado.
Imploro uma clemência,quiçá piedade 
polindo-te com a mais bruta flor.
Sem mais demora,
sucumbo-te no próprio amor.

3 comentários:

  1. Teus textos são para ler e respirar fundo. Impactantes, melancólicos, profundos. Adoro leituras assim. Parabéns pelo blog, Gabriela!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Carla, receber esse recado teu me alegrou demais, revigorou o espírito! Obrigada e estou seguindo teu blog para nos acompanharmos! Beijo!

      Excluir
    2. Que bom, fico feliz também. É porque tu merece. Beijo!

      Excluir