Fora-se. Mais uma vez. Acordara com desejo de caminhar? Não. Não despertas com vontade alguma, a não ser aquela que arrasta-te para longe: a de estar só. Tardes ensoladas de outono, fugaz ausência? Não. Não andamos nas ruas diurnas. Não mais assistimos o sol cair. Apenas a noite reinar.
E ela não arrasta-me com a facilidade com que te suga. Fico a te decepar conforme as horas passam - não há como se esconder dos laços extra-corpóreos que nos unem. Não descanso: reviro-me na cama quando a insônia é de origem ainda desconhecida; sentimentos ruins vindo a ser desvendados logo. Em teu trabalho noturno sacias tua vontade de entorpecer-te - passeias no colo de outras mulheres.
É muita falta, insuficiência. Escassez e deficiência. Para os seguidos "Eu te amo" soarem limpos na claridade do dia...
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