Escrevo muitas coisas a lápis. Chamo-as de "anotações vulgares": fraseados não dignos da característica "escrita" e, portanto redigidos com um instrumento facilmente apagado. Elas são o lixo dos meus pensamentos - se algum dia serão aproveitadas, aglomeradas a outros parágrafos recebendo em fim o nome de "texto", não sei... Mas só então receberão a honra e mérito da tinta da caneta!
Tão imensamente prazeroso guardar o que seria perdido no tempo real, nas palavras! Assim que saídas da alma deixam de ser datadas para tornarem-se imortais. Sempre seguras no beco escuro do esquecimento, iguais na minha caligrafia bem ou mal feita - dependendo, variando conforme as emoções atravessam o corpo físico. Como em um eletrocardiograma.
sábado, 22 de outubro de 2011
Escrita
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