Vejo teu rosto com uma doce expressão de carinho e ternura, sufocando um belo pescoço de mulher. Os dias que então se seguiram foram somente a ação das horas em seu ciclo natural: nem o típico sorriso de bailarina consegui arrancar, ou mesmo forcá-lo do meu rosto. Sou um personagem substituível, como um libreto esquecido na gaveta empoeirada no teu teatro reciclável.
O dia para o qual tanto trabalho está cada vez mais próximo, e embora um ano tenha se passado, a atmosfera daquele aterrorizante dezembro ainda permanece com todas as suas feridas expostas. O sangue que jorra não parou de verter do meu andar - do simples ato de andar.
26/11/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário