sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Exílio parte 26


A distância de cinco lajotas já fora um caminho perdido, posso atestar, mas as horas já não abrem abismos!
Agora em sofás macios distantes, junto os dedos da mão direita e vejo-o no céu: atiro-lhe um beijo que anda nas vibrações do som até ele. Jamais perde-se ou dissolve-se!
Deitado no meu divã, somente à mim não és do deus da confusão. Todas as manhãs, se apaixonará novamente pela silhueta feito violoncelo... As unhas brancas de noiva que arranham tuas costas.
Cena do apse dos meus delírios! Aconchego-me no piano - onde por tantas vezes vi-me refletida- e vejo o doce trancafiado no quarto.

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