Choquei, abaixo da minha camada de penas, os embriões que deveriam florescer nesse inverno. Desejos que, claro, não alcançaram a maturidade necesária para nascer no solstício gelado desse ano - sensações em gangorra permanente, tensão e exaustão variam em demasia meus estados psíquicos para brotar algo. Vontades, como de causar hipotermia na alma e só a carne arder ao abrir a porta de casa chegando da rua.
O frio, digníssimo, amedronta as pessoas e desola o ar livre fazendo-me um espectro andante. Espectro, que não produz ruídos ao bater o sapato contra o chão. Sou imperceptível mesmo com a tranquilidade mortal da cidade nas madrugadas, quando invadida pelo escuro. Noites são feitas de pigmentos macios e impertinentes. Impertinência essa, recheada de estranho prazer. A a dormência, ah! Muda as cores da lente em que a vida passa diante dos meus olhos.
Volto para o cárcere. Abandoná-lo por algumas horas, fez-me retornar na manhã seguinte não passando de um bagaço cuspido.
O frio, digníssimo, amedronta as pessoas e desola o ar livre fazendo-me um espectro andante. Espectro, que não produz ruídos ao bater o sapato contra o chão. Sou imperceptível mesmo com a tranquilidade mortal da cidade nas madrugadas, quando invadida pelo escuro. Noites são feitas de pigmentos macios e impertinentes. Impertinência essa, recheada de estranho prazer. A a dormência, ah! Muda as cores da lente em que a vida passa diante dos meus olhos.
Volto para o cárcere. Abandoná-lo por algumas horas, fez-me retornar na manhã seguinte não passando de um bagaço cuspido.
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