Um dia quente de feriado que confundi com domingo no mínimo três vezes. Hoje resolvi ficar em casa, relaxar. Gostaria de lembrar dessa palavra sem que outra viesse á cabeça : pensar. Mas existe como, mesmo que por um dia, deixar tudo em branco? ou ao menos em cinza?
Então a pessoa resolve se ocupar o máximo possível e se sobrecarregar propositalmente. Ao ponto de vista prático, no momento não tenho com o que me preocupar a ponto de ter um colapso nervoso, mas o arrumo. Somo filas de pensamentos, multiplico problemas para agravá-los, e nessa matemática a única coisa que esqueço de fazer é dividir as angústias. Cortar o mal pela raíz.
Gosto do embrião dos conflitos. Crio por eles um afeto obscuro, como um prazer masoquista. E no final... não passo de uma romântica ingênua. Escrevo o que sinto para entender-me, comparar-me, encontrar-me. Sinto o que escrevo pois minha vida é fantasiosa, meu eu e as histórias são um só ser perdido.
Por que todos esses questionamentos? Simples : não deve-se inventar feriados em quartas-feiras. Um dia de preguiça, inútil, já que só dão-se à esse deleite os que descansam bem. Os atordoados, como ficam?
3/01/01
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